Elementos e fatores climáticos

 

    A caracterização do clima de um lugar dependem do estudo do comportamento do tempo durante pelo menos 30 anos: das variações da temperatura e da umidade, do tipo de precipitação (chuvas, neve ou granizo), da sucessão das estações úmidas e secas etc. Por essa razão, o clima é definido como uma "sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado local da superfície terrestre", enquanto o tempo é apenas o estado da atmosfera de um lugar, num determinado momento.

CONCEITOS

    Elementos climáticos: São grandezas meteorológicas variáveis, possíveis de medição.  São eles: temperatura, umidade, chuva, vento, pressão atmosférica, radiação solar.

Fatores climáticos: São aspectos físicos que influenciam os elementos climáticos, alterando o clima de um local. São eles o relevo, latitude, altitude, maritimidade e continentalidade.

ELEMENTOS DO CLIMA

    Os elementos climáticos são os aspectos necessários para definir o tipo climático de uma determinada região como a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.

UMIDADE     

Corresponde à quantidade de vapor de água que encontramos na atmosfera. Pode ser expressa em valores absolutos ou relativos:

A umidade absoluta do ar é a quantidade (em gramas) de vapor d'água.

A umidade relativa do ar é obtida através da relação entre a umidade absoluta (a quantidade de vapor de água do ar) e o ponto de saturação de vapor no ar. Ela é expressa em porcentagem (%). Quando, na atmosfera, a umidade atinge o ponto de saturação, (que é de 4%.), ela libera água que cai sobre o solo em forma de chuva, neve ou o granizo.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA          

    A pressão atmosférica é a força provocada pelo peso do ar sobre uma superfície, cujo valor é expresso milibares (mb). Ela depende da latitude, altitude e temperatura.

    Quanto maior a altitude, menor a pressão. Quanto menor a latitude, menor a pressão. Em  regiões mais quentes o ar se dilata, suas moléculas ficam mais distantes ficando mais leve, portanto com uma  baixa pressão atmosférica. Próximo aos pólos, ou onde o frio é mais rigoroso  o frio concentra e agrega as moléculas do ar, tornando-o mais denso, aumentando assim a pressão atmosférica. Em  locais muito altos, como nas montanhas e cordilheiras o ar, mesmo mais denso pelo frio, é rarefeito por conta da gravidade, tornando ai uma exceção à regra pois a pressão atmosférica é menor por conta da altitude.

TEMPERATURA    

    A temperatura é a quantidade de calor no ar. Pode ser medida em várias escalas. No Brasil usa-se a escala Celsius.

RADIAÇÃO   É o calor recebido pela radiação da luz solar. 31% da radiação solar atinge a superfície

Terrestre. 30% é refletida pelas camadas de nuvens e volta para o espaço e 6% é refletido pelo solo. Cerca de 15% é absorvida na atmosfera, pelo vapor de água, CO2 e partículas suspensas no ar. Cerca de  3% é absorvido na ionosfera, na formação do ozônio. Cerca de 15% da radiação solar incidente é dispersada pelas partícula sólidas e gasosas.

FATORES DO CLIMA

Os fatores climáticos são aspectos físicos ou geográficos que determinam as características e alterações ou modificações  do clima.

LATITUDE   

    Quanto mais distante da linha do Equador menor a temperatura, devido a menor incidência de luz solar. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto maior a distância do Equador menor é a incidência de luz solar. Os raios de luz solar se espalham na convergência da curvatura da Terra, diminuindo assim a concentração de calor solar transportado pela sua luz.

ALTITUDE    

    Quanto maior a altitude, menor a temperatura. Isso ocorre porque o ar se torna rarefeito, diminuindo os gases e a umidade encontrada na atmosfera. Com um número menor de matéria o calor se dissipa rapidamente para o espaço sideral.

MASSAS DE AR      

    São grandes blocos de ar que se deslocam pela superfície terrestre, movidas pelas diferenças de calor do ar e da pressão atmosférica. São: polares, tropicais ou equatoriais, com características próprias da região em que se formam, como temperatura, pressão e umidade. O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, é denominada de frente. Quando elas se encontram ocorrem chuvas e o tempo muda. CONTINENTALIDADE

 A extensão dos continentes é um fator climático. A relação entre o volume de terras e a proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na temperatura. Isso porque a água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora a irradiar a energia absorvida. Por isso, o Hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influência da continentalidade. Áreas costeiras tendem a ser mais frias que as áreas continentais.

CORRENTES MARÍTIMAS

São as massas de água que circulam pelo oceano, provocadas por diferentes temperaturas nas águas oceânicas. Exercem grande influência no clima, aquecendo ou esfriando as regiões litorâneas e até mesmo regiões continentais. Provocam chuvas ou secas nas regiões litorâneas e continentais. Em determinadas situações, onde há uma grande diferença de temperatura entre a água do mar e do continente, provocam tufões e furacões.

RELEVO         

    O relevo pode influenciar na movimentação das massas de ar determinando diferenças nas precipitações e temperatura de uma região. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica. O caso mas marcante no nosso país é a serra da Borborema, que contribui com o clima semiárido do sertão do Nordeste e chuvas abundantes em seu litoral.

VEGETAÇÃO

    Impede a incidência direta dos raios solares na superfície, amenizando o aquecimento. Aumentando a umidade do ar e contribuindo com as precipitações e com a qualidade do ar. Além de diminuir a poluição do ar e o efeito estufa.