Getsemany

Getsemany

 

E foi assim que o poeta,

assustado com a ausência

dos amigos do cordeiro,

resolveu não dormir.

No entanto, fazer parte

desse ato tão solene,

desse fato verdadeiro.

Última ceia, imagino tão real.

Um cordeiro submisso

se humilhando aos discípulos.

Mestre dos mestres, quem diria!

Tão sublime tão faceiro e quão leal.

Agora, preocupado com eles

dispara a pergunta crucial,

A pergunta fatal, literalmente fatal.

E toda a corte se cala.

Quem de vós me trairá?

Um de vós trair-me-á!

Fato consumado.

Trinta moedas de prata,

discípulo em ação.

Prática sem reflexão,

pergunta em vão,

uma só palavra descreve

tal ação: Decepção.

Jesus Cristo agora preso,

olha tristemente para Judas.

Fala mansamente. Você tem certeza!?

E foi assim que Pedro assustado

com a presença dos bandidos armados

desistiu da amizade do cordeiro.

Não sendo verdadeiro.

Eu te amo, eu te amo, eu te amo,

disse Pedro redundantemente,

era fraco, pobre e pecador.

Não conheço, nunca o vi disse o

pescador veementemente. Que decepção!

Chorou, chorou, amargamente chorou

e Jesus a Pedro perdoou,

Pois conhecia o seu coração

e Pedro arrependido ao senhor

cativou, como o bom ladrão que alcançou:

Luz, vida e salvação.

 

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Ádemir Barbosa dos Santos

(participação especial)